Bolivia

02/12/2016 07:26

 

 

 

 

28 de Nobembro 

 

Muito frio pela manha. Saimos e ainda tivemos que empurrar a bike por umas duas horas ate chegar a fronteira com a Bolivia. Fiquei preocupado pois tinha que passar pela aduana chilena dia anterior, porem acabou não tendo aduana chilena e depois de conversar na fronteira boliviana passei sem problema. Enfim Bolivia e uma linda vista para o Vulcao Licancabur e a Laguna verde. Paramos mais a frente na entrada do parque e tivemos que pagar 150 bolivianos( a moeda da bolivia). Depois ficamos no albergue em frente. Pagamos R$20 porem o albergue não tinha chuveiro. 

 

29 de novembro 

 

Dormimos bem, saimos cedo mais a roda de fernando nao estava boa e pagamos carona em dois caminhoes que vieram um atras do outro. Os caminhoes transportavam acido sulfurico do chile para a bolivia. A minha bike veio no banco do carona e eu sentado atras na cama do motorista segurando a bike para que não caisse encima do motorista em cada buraco ou solavanco que o caminhao fazia na dificil estrada tanto para bike como para caminhoes. Chegamos em um local onde havia aguas termais e ficamos na agua quente por umas tres horas relaxando os musculos e apreciando a linda vista para montanhas, passaros.  Depois o restaurante em frente nos permitiu colocar o colchão e saco de dormir dentro do restaurante e dormimos muito bem. 

 

30 de novembro

 

Pedalamos e depois de duas horas a roda do fernando continuava muito ruim, o trajeto com muita pedra, terra e vento contra e resolvemos pegar e pagar um jeep que depois de 6 horas chegamos a uyuni. As lojas de bicicleta não queriam concertar a bike de Fernando. Depois voltamos ao senhor da primeira loja que fomos e ele aceitou ver a bike dia seguinte as sete da manha. Ficamos em uma hospedagem em frente por 35 bolivianos (R$17).

 

 

 

01 de dezembro

 

Onze meses de viagem e cada vez mais tranquilo para seguir o meu caminho. Uma feira estava sendo montada em frente a hospedagem que estavamos. Vendiam de tudo comida, roupa, aparelhos eletronicos. E por incrível que pareça encontrei o Pão Frances que vendia no Brasil. Uma delicia crocante e único, diferente do pão masudo e mode do Chile. 

COmprei um para experimentar a 1 boliviano( quase um baguete) e  também banana e maça e voltei para a hospedagem para tomar café da manhã. Depois saimos e comprei manga , também bem barato por aqui a 1 boliviano. 

E almoçamos em um lugar não muito bom. Uma coxa de galinha ridicula de pequena , um pouco de arroz que a porção até para gato era pequena e um pouco de salada e um suco tão ruim que misturava agua, muita agua com um pouco de algum refrigerante. Bem, o melhor foi a manga que eu tinha e acabei comendo no final da refeiçao, o que me sustentou. 

A tarde comi um pão com café com leite na hospedagem e a noite um macarrão com lentilha que fizemos. 

Fui dar uma volta também, ja a noite, e encontrei umas bandeirinhas dos paises que passei na America do Sul. A metade do preço de San Pedro no Chile. Custurei em um dos alforges. Editei um video do Atacama. E o mais foi descansar pois ir para o Salar vai ser duro. TIvemos que ficar mais um dia pois a bike do Fernando só ia ficar pronta o dia seguinte. 

 

02 de dezembro

 

Acordei e comi uma manga, a segunda que como na viagem, pois no chile era muito cara. Aqui é barato pois é produzido em Santa Cruz de La Sierra. Que delicia , ter aqueles fiapos de manga entre os dentes e sentir aquele cheiro único. Parei na bicicletaria e conversei com o senhor chileno que trabalhava sozinho lá. Um espanhol que estava viajando também de bike e tinha deixado sua bike para reparar me viu já de partida com minha bike e veio falar comigo. O dono da bicicletaria encheu minhas garrafas dágua. Pois comprar agua é caro, ainda mais tendo que levar uns 4 a 5 litros por dia.  O dono disse que não contrata um ajudante pois os bolivianos não gostam de trabalhar, para mim ele que não tinha paciencia de ensinar.  Acabamos eu, fernando e o Espanhol indo almoçar no mercado a R$7, com direito a prato principal de sopa de quinua e outro prato de carne(que só via o osso) e um pouco de arroz e um pouco de salada. 

Depois seguimos para o salar e acampamos em frente ao hotel de sal. Não fez muito frio e a noite estava linda e uma paz incrível rodeava o lugar. 

 

03 de dezembro

Depois de 1 mes e meio pedalando com o amigo uruguaio fernando cada um foi para um lado e eu segui para direção a La Paz a capital. Segui e fiquei no povoado de Rio Mulato. Era cedo e descasei bastante. Mais banho que é bom nada, não tinha. Agua aqui na bolivia é um problema.

 

04 de dezembro

Antes de sair joguei pião com o neto da dona da pensão, recordando minha infância maravilhosa no bairro carioca do meier. Depois ela ferveu a água e enchi minhas garrafas. Tinha a opção de eu comprar 2 litros por 10 bolivianos no seu armazem em frente a pensão, mais tava cara. Em Uyuni estava 4 bolivianos e eu já achei caro. Os bolivianos em sua maioria falam em Quechua também, lingua indigena que foi preservada. Acho bacana isso. Segui pela rodovia RN30 que ligava uyuni a Challapata, que tinha apenas 1 ano. Fiquei em Challapata e dois moradores me viram e foram conversar comigo. Me deram coca cola. Depois uma tempestade de areia apareceu com força. Do outro lado que eu estava na estação de trem um morador sentado parecia que não era nada. E continuava sentado esperando o tempo passar. 

Fiquei em um alojamento a 20 bolivianos em Sevaruyo. Havia um trem que ia ate oruro. A noite esse trem passou e fui ver pela janela. Adoro andar de trem, é uma maneira mais lenta de conhecer a cidade e lugares. 

 

05 de dezembro

Sai com destino a challapata. Eram umas sete e meia quando sai. Parei ainda em um negocio para comprar uma lata de atum e um biscoito. Segui e passei por santiago de Huari onde tinha um feira, comprei manga e comi na praça. Depois meu pneu dianteiro furou e troquei a camara. Logo em seguida encontrei na estrada vindo em direçao oposta a Happy Family, familia italiana que havia encontrado em fevereiro na patagonia. Que felicidade, paramos , conversamos, tiramos fotos e trocamos fotos. 

Continuei e fui ate a praça de challapata, depois de rodar um pouco enontrei uma pensão mais barata a 25 bolivianos, com banho pago a 5 bolivianos por 5 minutos o que preferi não pagar, pois estava com pouca grana. Em compensação tinha internet. 

 

06 de dezembro

 

Segui para Poopo e fiquei em um hotel, o unico que tinha no povoado. Paguei um poucos mais caro 50 bolivianos(R$20). Um amplo espaço e até vi um filme na tv a cabo da bolivia. Mais o mau que não tinha internet e a ducha estava fria, além de muitas moscas no quarto. Para o preço estava caro. Mais dormi bem, como sempre. 

 

07 de dezembro

 

Dia de chegar a Oruro, a cidade até agora maior da bolivia que tive. O movimento de carros e vans que levavam pessoas a cidade era grande. Tive mais cuidado ao pedalar e coloquei meu colete e capacete. Uma pequena garoa no caminho e uma tempestade de areia. Chegando em Oruro fui a varias hospedagens mais vejo que se vocé é solteiro é mais dificil de conseguir alojamento do que casal. Fui em umas 6 e na ultima perto do terminal de onibus encontrei uma a 40 bolivianos ( uns 15 reais). Para o lugar estava até barato e tinha até internet. O predio estava do lado de fora não pintado mais dentro era legal e arrumadinho. Deixando minhas coisas sai e comi uma sopa como primeiro prato e um franto com arroz e salada a 12 bolivianos. 

 

08 de dezembro

Dia de descanso em oruro, fui ate o centro e comprei um mapa e um creme hidratante. Depois na volta comprei um frango com batata frita e a tarde comprei um mamão e vi um filme na netflix. 

 

09 de dezembro

Segui para La Paz e parei em Caracollo. Entrei em um restaurante e comi dois pratos( o primeiro sopa e o segundo arroz com frango e salada) por 15 bolivianos. Depois fui para a pensao e como cheguei cedo tirei uma soneca a tarde. 

 

10 de dezembro

 

Fui para Sica Sica e no caminho meu pneu furou duas vezes. Cheguei a praça e tirei fotos com duas meninas que estavam com lindas bicicletas. Depois, um boliviano que tinha vivido em São Paulo veio falar comigo, disse que tinha uma festa na cidade. Logo em seguida encontrei uma pensão com banho quente por 20 bolivianos.  Acabei não indo a festa da cidade. Estava muito cansado e resolvi comer e dormir. 

 

11 de dezembro

Caminho tranquilo pela estrada nacional da bolivia. Encontrei um cicloturista da Nova Zelandia que estava vindo da colombia e na hospedagem encontrei um cicloturista Portugues que estava vindo do Alaska a 1 ano e meio. 

 

12 de dezembro

Dia de chegar a La Paz. Rota tranquila. No caminho parei em um restaurante e comi um Charquecan( ovo cozido, carne fatiada, especie de grão de bico e batata) muito boa e forte comida. Depois segui para La Paz em uma descida incrível de mais de meia hora.  Depois de percorrer muito a cidade a procura de onde ficar encontrei um hostal por 50 bolivianos. Sai para caminhar, comi um hamburger com coca cola quente ( na verdade a coca cola aqui na bolivia vem natural, eles não tem o habito de vendê-la gelada). E fui ver o preço de umas barracas. Depois na internet falei com a cicloturista Carol Emboava que me deu dicas da estrada da morte e da casa do Ciclista de La paz.

 

13 de dezembro

 

Fui para a casa de ciclista de La Paz do Cristian, um boliviano que tinha avós alemães. E tinha uma casa no centro de La Paz, onde de um lado ele morava e de outro ficava a Casa do ciclista com a parede toda dedicada a cicloturistas que passavam por lá. Também tinha informação da bolivia, livros, peças de bicicletas que poderia servir o ciclista que chegar. Além da cozinha com fogão, banho quente, duas camas e um lugar muito agradável para descansar . 

Chegando havia um ingles, Adam, gente fina que estava vindo de bike da argentina e ia ate colombia. Horas mais tarde chegaram dois argentinos também legais. E compartimos e conversamos. 

 

14 de dezembro

Outro ingles que estava vindo do Alaska e viajava a uma ano e meio chegou na casa do ciclista. 

 

15 de dezembro

Iamos todos os 5 para a carretera da morte, uma estrada de 40 km de descida por um lindo caminho cercado de natureza, agua, passaros. Para mim deveria mudar o nome para carretera da vida. Seguimos todos mais me perdi deles e acabei indo sozinho. Fui ate o terminal de onibus Minasa. Depois peguei uma van com minha bike ao teto. Segui e parei na entrada da rodovia da morte. Depois baixei os 30 km em uma linda vista. Meu pneu furou 3 vezes e no final escorreguei e cai batendo o joelho e partindo meu bagageiro traseiro. Voltei ja a casa do ciclista depois de pegar duas vans e um taxi ate a casa. Já eram quase 22 horas e meus amigos me receberam alegres de eu estar vivo. re,re.

 

16 de dezembro

Meus amigos foram para a carretera da morte e eu fui ver se conseguia soldar meu bagageiro. Acabei encontrando um soldador que não só resolveu o problema como fez uma peça que tinha quebrado toda de ferro ao contrario do frágil alumínio. Paguei 60 bolivianos ( R$30) e ele ainda disse que se eu quisesse fazer todo o bagageiro de ferro ficaria por 160 bolivianos. Mais acabei deixando como estava e super satisfeito. 

A bolivia tem isso de bom, consegue resolver tudo, pois como eles não tem shopping e muita grana para comprar as coisas sempre reparam algo quebrado. Nisso o planeta sempre sai ganhando. O progresso de muitos paises e o excesso de consumo deixam as pessoas em um ciclo vicioso ruim para casa um e para o planeta. 

 

17 de dezembro

 

Como a internet na casa de cicilsta era muito ruim resolvi ir em um café ( café de ciudad) aberto 24 horas e atualizar blog e trabalhar um pouco na venda de minhas coidas pela internet. 

 

18 de dezembro

Fomos ao teleferico que leva de la paz a el alto. O amigo ingles ia comprar um saco de dormir. 

 

19 de dezembro

Dia de sair de la paz e da casa do ciclista, que nos acolheu super bem. Seguimos para o teleferico e as bikes foram colocadas uma a uma em cada teleferico. Chegamos em el alto e de la fomos para batalla. Um amigo argentino se perdeu e so encontramos na cidade que iamos pernoitar. Acabamos ficando em uma igreja. 

 

20 de dezembro

Fomos ate a praça onde tomamos o cafe da manha. Manga e banana. Depois seguimos ate tiquira, no meio do caminho paramos compramos macarrão e ovo. E fomos ate tiquira onde pegamos um barco ate yanguyo. La conseguimos alojamento na municipalidade, onde tinha dois colchões. Depois fomos jantar.

 

21 de dezembro

Dia de chegar em copacabana. Lindo caminho pela montanha e vista para o lago titicaca. Quase chegando encontrei com uns brasileiros do mato grosso do sul que estavam fazendo uma viagem pelo atacama e bolivia. Pararam tiraram fotos e me deram uma batata frita e pão. Justo no momento que eu precisava pois ja se passava 5 horas e minha comida ja tinha acabado. Depois desci ate copacabana. Me perdi de meus amigos e fiquei em uma hospedagem por 25 bolivianos. Combinei de no dia seguinte ir para a hospedagem que meus amigos estavam. Sai comprei comida e voltei e tirei uma siesta.

 

22 de dezembro

 

Fui para o  hostel San Cristoban onde estavam meus amigos. La estavam muitos argentinos que vendiam pulseiras na praça e faziam malabarismos com bolas. Depois chegou duas amigas, uma da Republica Checa e uma italiana que ficaram muito conosco. 

 

23 de dezembro

 

Fomos caminhar ate o alto para ver copacabana de cima. Uma linda vista lembrando um pouco a vista do cristo redendor. Ess copacabana esta a 3800 metros de altitude. 

 

24 de dezembro

 

Natal no hostel. TInha muito argentino e turistas  e combinamos de cada um dar uma grana para a ceia de natal.  Compratimos e comemos. Um diferente natal com viajantes, mochileiros e cicloturistas. Uma familia de viajantes. 

 

25 de dezembro

descanso

 

26 a 28 de dezembro

 

Fomos para Ilha do sol, eu, os argentinos, o ingles e duas amigas do hostel, uma italiana e uma tcheca. Duas horas de barco por cerca de R$10 cada um. 

La chegando procuramos um lugar para colocar a barraca. Logo em seguida uma chuva e vennto muito forte . Depois fizemos uma festa na barraca.

Dia seguinte uma passeio pela ilha uma trilha e vista maravilhosa. 

dia 28 voltei as 10 horas para copacabana e meus amigos as 13 horas.

 

 

29 de dezembro

 

Dia de sair de copacabana. Me perdi de meus amigos e chegando a juli fiquei em uma hospedagem. 1 dia do Peru.

 

30 de dezembro

Nao consegui tirar dinheiro no caixa eletronico da cidade. E sai muito tarde. 20 km de pedal e meu pneu furou. Acabei pegando uma carona com um carrinhos e minha bike balançou muito. Depois peguei um onibus ate puno. Onde encontrei meus amigos. 

 

31 de dezembro

Ultumo dia do ano. Cocnheci a amiga de couchsurfing Mayza, professora muito culta que passou conosco o ano novo. Primeiro comemos uma pizza depois fomos a um karaoke vazio. A 15 minutos do novo ano fomos a praça ver os fogos.